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Porque achamos os cachorros, gatinhos e bebés irresistíveis?

Por: Guia do Cão


Certamente já sentiu uma atração irresistível por um cachorrinho, um gatinho e, se não por estes, por um bebé. Mas já se questionou porque é que nos sentimos imediatamente apaixonamos por bebés de quase todas as espécies? A ciência encontrou a resposta, há mais de 60 anos, pelo prémio Nobel, o Dr. Konrad Lorenz. 


A razão da atração que sentimos por criaturas bebés é, no entanto, uma vantagem evolutiva. De acordo com muitos etólogos, os traços juvenis fazem com que os pais, e outros adultos, sintam a necessidade ou o impulso de cuidar dos pequenos, aumentando assim possibilidade de sobrevivência destes. 


Konrad Lorenz, um dos pais da etologia, a ciência que estuda o comportamento animal, postulou o conceito de “baby schema”. De forma simplificada, sentimos uma afeção por animais com características juvenis, como olhos grandes, cabeças arredondadas, queixos retraídos - traços que os tornam, aos nossos olhos, irresistíveis. O termo inglês “cute /cuteness (fofinho)” foi escolhido por Konrad Lorenz para explicar este modelo de atração.


Algumas espécies, mesmo em adultos, mantêm características e traços juvenis durante a vida. Neotenia, o termo científico que significa a retenção de características da forma juvenil num adulto, pode ser verificadas em muitas raças tornando-as "mega fofinhas". É, por exemplo, o caso dos pandas. 


Mas se procura exemplos nos nossos patudos, pense em raças como os Pugs. 


Quais são os problemas modernos? 

Muitas adopções, ou compras de animais, são feitas tendo por base este nosso impulso genético. Nessa situação não nos devemos esquecer da responsabilidade que adoptar, ou comprar, um pequeno cão, gatinho ou coelhinho constituí. Por isso da próxima vez que sentir o impulso, lembre-se que há responsabilidades e cuidados necessários, que implicam tempo, dinheiro e disponibilidade. Esta época do Natal, muitos pais oferecem, aos seus filhos, animais de companhia que brevemente começarão a perder o efeito de fofura. Ter a consciência do processo ajuda-nos a preparar para amarmos os nossos companheiros de quatro patas independente da sua forma adulta e a reduzir o abandono. Crie laços duradouros com estes companheiros de quatro patas e não os abandone.


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Fonte 1: 

Morris, Reddy, Bunting “The survival of the cutest: who’s responsible for the evolution of the teddy bear?” Anim. Behav. 1995 James Serpell “The domestic dog”. Cambridge University Press 1995 

Fonte 2:

https://www.psychologytoday.com/blog/caveman-logic/201108/why-do-we-care-baby-animals 

Fonte 3: 

http://www.bbc.co.uk/guides/zc8bgk7


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